Lembrando-se do que importa - 01/10/2019
Constantemente esquecemos coisas que é importante lembrarmos. Não estou me referindo aqui a nomes ou rostos ou onde colocamos nossas chaves, por mais importantes que sejam na vida diária. Refiro-me às verdades subjacentes da existência, como a impermanência e a frágil incerteza da nossa vida. Muitas das nossas ações e palavras mais tolas estão enraizadas em um sentimento instintivo de que nunca morreremos. A imortalidade física é tão obviamente impossível que não requer debate. Mas esquecemos a nossa mortalidade. De novo e de novo. Raramente nossas ações são a expressão de nossa consciência de como as coisas são. Mais frequentemente somos arrastados pelo fluxo da ignorância. Às vezes, deliberadamente damos as costas para verdades incômodas. Mas mais frequentemente é simplesmente porque esquecemos. E é por isso que o treinamento budista dá tanta ênfase à presença mental (sati).
A prática de sati é uma prática de lembrar. Ela envolve desenvolver a capacidade de ter em mente as verdades simples da vida e permitir que elas informem a maneira como vivemos nossas vidas. Significa lembrar o contexto mais amplo da nossa experiência em meio as pressões, expectativas e tentações da vida diária.
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