Perdão não é passividade – 12/11/2019

Há trinta anos, se você comprasse frutas frescas em um mercado tailandês, provavelmente levaria suas compras para casa em sacolas feitas de jornal grampeado. Uma jovem mãe em Bangkok chegou em casa depois de uma viagem de compras, com a mente obcecada pela raiva do marido infiel e ausente, planejando todo tipo de vingança. Algo na mesa da cozinha chamou sua atenção. Ela separou um dos sacos de jornal e começou a ler. A coluna fazia um resumo de uma palestra de Dhamma proferida no Ministério da Indústria por um monge ocidental, Ajahn Jayasāro. Ela leu que o monge havia dito que ceder ao desejo de vingança causa mais danos ao nosso bem-estar a longo prazo do que as ações da pessoa que nos feriu. Cada frase fazia sentido. Lágrimas começaram a cair por seu rosto. Ela chorou e chorou. Finalmente as lágrimas pararam e ela sentiu como se um grande peso tivesse caído. Ela havia perdoado o marido e agora estava determinada a aproveitar ao máximo sua vida sem ele. Algum tempo depois ela me enviou uma das cartas de agradecimento mais lindas e memoráveis que já recebi.
 

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