Estratégias para lidar com o sofrimento cotidiano – 21/12/2019


Quando adolescente, eu criava várias maneiras de lidar com o sofrimento cotidiano. Criei algumas delas para lidar com atrasos e decepções. Elas foram especialmente úteis ao viajar pela Ásia.  Trocar um traveller's check em um banco de província  na Índia  na década de 1970 podia ser uma tarefa árdua.  Frequentemente, significava enfrentar um curso de obstáculos que incluía vários formulários e fichas e poderia levar horas para se concluir.  Meu meio hábil favorito era dizer a mim mesmo: "Bem, é melhor do que..." e contemplar uma alternativa pior.  Sendo a Índia, uma frase comum seria: "É melhor do que estar aqui com cólicas estomacais e diarreia". Logo, imaginar aquele cenário de pesadelo me trazia de volta à paz com a situação. Uma reflexão mais séria seria: "Bem, é melhor do que não ter cheques de viagem para trocar". Muitas vezes me surpreendia ao ver como era fácil reduzir drasticamente a dor mental por meio de uma mudança de foco ou enquadramento.

É uma prática simples, mas eficaz.  Quando acordamos para o momento presente com presença mental (sati), temos uma escolha. Podemos ver o que estamos adicionando às situações e parar de adicionar ou adicionar outra coisa, mais hábil.

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