Mal-entendidos nas relações humanas – 17/12/2019
Mal-entendidos interculturais, quando não são trágicos, costumam ser engraçados. No início do século XVI, quando os espanhóis invadiram o que hoje é o México, os astecas designaram carregadores de incenso para acompanhá-los aonde quer que eles fossem. Os espanhóis interpretaram isso como um sinal de grande honra, de que eram vistos como deuses. Na verdade, os estudiosos descobriram mais tarde, que isso o ocorria porque a população local achava o cheiro dos europeus insuportável.
Mas as interpretações errôneas, é claro, não se restringem àqueles de diferentes culturas e idiomas. Graves mal-entendidos podem surgir nos relacionamentos mais íntimos entre pessoas que compartilham um mesmo idioma e formação. Uma das principais razões para isso é que tendemos a presumir que necessidades, emoções e intenções devem ser óbvias para as pessoas ao nosso redor, embora tenhamos feito muito pouco para colocá-las em palavras. Ao mesmo tempo, podemos ser excessivamente confiantes de que conhecemos as necessidades, emoções e intenções dos outros, mesmo que eles nunca as tenham articulado claramente. Os relacionamentos podem melhorar quando examinamos as suposições que estamos fazendo sobre nossa própria transparência e sobre a transparência das pessoas ao nosso redor. Muito pode ser realizado com um coração humilde.
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