Uma canção de amor dirigida ao Dhamma – 29/02/2020

Antes de me tornar monge, gostava de ler as obras dos grandes sábios sufis. Eles frequentemente escreviam poemas dirigidos ao Divino na forma de poemas de amor. Anos mais tarde, viajando pela Inglaterra, ouvi por acaso uma canção romântica tocando no rádio de um carro e fiquei inspirado a escrever minha própria versão dela: uma canção de amor dirigida ao Dhamma. A original se chamava “Everything I do (I do it for you) – Tudo o que faço (eu faço por você)” por Bryan Adams. Aqui está minha versão:

Enxergar e ser livre
Investigar minha vida
Me fez sentir triste e tão irreal.
Procurei meu coração, procurei minha mente,
Mas meus olhos estavam fechados, eu estava procurando às cegas.
Eu precisava de objetivos pelos quais valesse a pena lutar.
Era só lixo aquilo o que eu andava buscando
Então, isso veio a mim:
Tenho que aprender a enxergar, enxergar e ser livre.
Olhei no meu coração,
Lá eu encontrei uma beleza tão profunda.
Então fiz minha escolha, eu daria minha vida,
Eu daria tudo a isso, eu sacrificaria.
Não me diga que não vale a pena tentar.
Eu não posso evitar; não há nada que eu queira mais
Porque me ocorreu
Tenho que aprender a enxergar, enxergar e ser livre.
Só alcançando a paz, todas as dores cessam.
Somente a sabedoria dá essa paz real.
Não há lugar algum – a menos que a verdade esteja lá.
O tempo todo – todo o caminho.
Não me diga que não vale a pena lutar por isso.
Eu não posso evitar; não há nada que eu queira mais.
O Dhamma preenche minha mente, emociona minha mente.
O Dhamma acalma minha mente, sim, ele cura minha mente
Oh, isso veio a mim:
Tenho que aprender a enxergar,
enxergar e ser livre.

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