Os riscos dos desejos mundanos para nosso verdadeiro bem-estar –10/03/2020

Hoje, eu contarei novamente uma velha lenda budista. Ela é um simples conto que lembra ao leitor como os desejos mundanos podem nos cegar para nosso verdadeiro bem-estar. A história é sobre a bela cortesã Vesavadatta, que se apaixonou profundamente por um jovem monge chamado Ugaputta, o futuro professor do imperador Ashoka. Vasavadatta tentou de todas as formas à sua disposição seduzir o monge, mas quando ela o convidava ou implorava, o Ven. Ugaputta sempre lhe dizia que o tempo ainda não estava maduro. Mais tarde, enquanto envolvida em um caso com um homem local, Vasavadatta descobriu que um mercador extremamente rico a desejava. Dirigida pela ganância pelas riquezas que poderia ganhar, ela matou o amante que estava no seu caminho, mas seu crime foi descoberto. O juiz ordenou que suas orelhas e nariz, suas mãos e pés fossem cortados, e que ela deveria ser abandonada no cemitério para morrer.

Vesavatta, gemendo de dor no chão, viu o Venerável Ugaputta caminhando em sua direção. Freneticamente, ela implorou a um leal escravo que permaneceu com ela que escondesse as partes amputadas do seu corpo. Quando o monge chegou, ela reclamou que quando era bonita e vestia-se com elegância, ele não vinha até ela. Agora que estava mutilada e coberta com sujeira e sangue, ele vinha. Como essa poderia ser a hora certa, afinal? O Venerável Ugaputta respondeu que ele não tinha vindo para desfrutar do seu corpo, mas para libertar sua mente. Antes, ela havia estado tão absorvida com o mundo sensorial da beleza e do prazer que era incapaz de receber o Dhamma. Agora, se ela prestasse atenção, poderia entender. E assim foi. Antes de falecer, o coração de Vasavadatta, em paz e cheio de fé, tomou refúgio no Buddha, no Dhamma e na Sangha.

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