Meditação andando – 13/06/2020

O Buddha ensinou que a meditação andando é um excelente exercício físico: mantém-nos saudáveis, torna-nos mais resilientes, ajuda na digestão. Mais importante: leva a uma calma estabilidade da mente que permanece conosco após o término da meditação. Andar em ritmo normal, com os olhos abertos, pode produzir um samadhi mais facilmente integrado à vida cotidiana do que o produzido pela meditação sentada. 

A meditação andando pode ser alternada com a meditação sentada. Também pode ser praticada preferencialmente à meditação sentada, se o meditador estiver com sono, por exemplo, ou se uma doença ou lesão dificultar o ato de sentar. 

Nos mosteiros de floresta, andamos por caminhos sombreados com vinte a trinta passos de comprimento. Em um caminho de vinte e quatro passos, o começo, o meio e o fim do caminho oferecem a oportunidade de verificar sati a cada doze passos. Se a mente divaga, não o faz por muito tempo. 

A primeira tarefa durante a meditação andando é o abandono de estados mentais distrativos. Isso pode ser conseguido sustentando sati em uma única área de sensação, como a que aparece nas solas dos pés, quando tocam o chão ou no corpo todo. Outra técnica popular é recitar interiormente um mantra como “Buddho” – “Bud”, quando o pé direito toca o chão, “dho” quando o pé esquerdo toca. 

Quando a mente se libertou dos obstáculos, pode ser direcionada à contemplação de uma das três características da existência: impermanência, sofrimento ou não-eu, como elas se manifestam no momento presente.

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