Medo da morte – 07/07/2020

O Buddha identificou quatro fatores que condicionam o medo da morte. Aqueles cuja vida foi baseada na busca e no desfrutar dos prazeres dos sentidos tendem a ver a morte em termos de sua separação próxima desses prazeres, e assim experimentam o medo. Aqueles que foram obcecados com o corpo e identificados com ele tendem a temer a morte como a separação daquele corpo querido. Aqueles que cometeram atos pelos quais sentem remorso podem considerar a morte como um precursor de algum tipo de pagamento pelas suas más ações e sentir medo. Por fim, aqueles que estão confusos e sem um refúgio interior tendem a experimentar dúvidas e agitação mental em relação à sua morte, o que resulta em medo. 

Pouco ou nenhum medo da morte é demonstrado por pessoas que não deram tanto valor aos prazeres dos sentidos ou ao seu corpo; para aqueles que realizaram muitas boas ações e estão confiantes que os bons resultados cármicos delas os aguardam após a morte, e para aqueles que têm um refúgio interior e uma mente calma e estável. É claro que hoje em dia muitas pessoas vencem o medo da morte adotando a crença na aniquilação. Elas olham a mente como uma função do cérebro e veem a morte física como o apagar de uma luz. Esse tipo de superstição pode ser reconfortante e é elogiada como realista ou “científica”, mas exige uma recusa em examinar seriamente todas as evidências do renascimento. Para budistas, isso é ir longe demais.

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