Sinal de civilização – 11/07/2020

Recentemente, recebi uma bela vinheta. Dizia respeito à grande antropóloga cultural Margaret Mead. Em uma ocasião, perguntaram-lhe o que considerava ser o primeiro sinal de civilização em uma cultura. Presumivelmente, seu questionador esperava que a resposta envolvesse algum tipo de ferramenta ou artefato antigo. Em vez disso, ela respondeu que era um fêmur (um osso da coxa humano) que tinha sido quebrado e depois curado. Ela explicou que, para criaturas em ambiente selvagem, uma perna quebrada é uma sentença de morte: o animal ferido não pode caçar, abrir caminho para um poço de água ou escapar de seus inimigos. Um fêmur quebrado mostra que a pessoa recebeu assistência. Alguém a ajudou amarrando a ferida, levando-a em segurança, cuidando dela até que se recuperasse. Margaret Mead concluiu que, em sua opinião, a civilização começa quando as pessoas começam a se ajudar nas dificuldades. 

Achei essas palavras muito tocantes e minha mente continua voltando para elas. Elas reforçam minha convicção de que a ajuda mútua não é apenas o começo da civilização, mas seu coração. Somente quando ousamos ir além da prisão estreita e sufocante da autopreocupação é que, em nosso mundo interior, podemos nos abrir para o Dhamma e, em nossa vida no mundo, podemos ajudar a criar uma sociedade em que valha a pena viver.

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