Nosso encarceramento e a saída da prisão – 03/11/2020

O Buddha certa vez ensinou que, assim como a água em todos os mares e oceanos do mundo compartilha o sabor único do sal, todos os seus ensinamentos compartilham o sabor único da liberação (vimutti). À luz dessa fala, talvez possamos reformular a síntese mais enxuta do Dhamma, que afirma que ele se preocupa com apenas dois tópicos: o sofrimento e o fim do sofrimento. Podemos dizer, em vez disso, que o Dhamma está preocupado somente com o mapeamento da natureza da nossa prisão e o caminho para a libertação. 

Um firme comprometimento com a prática do Dhamma surge quando vemos a verdadeira natureza e extensão de nossa prisão. Olhando para dentro, vemos o grau em que vivemos nossas vidas como prisioneiros de nossos desejos e medos, nossas crenças cegas e preconceitos, nossa ganância e luxúria, nosso orgulho e arrogância, nossa confusão, nossos gostos e aversões passageiros. Encarar essa verdade é uma experiência pesada, mas não sem esperança. Felizmente, os ensinamentos do Buddha são como um mapa mostrando o caminho para sair da nossa prisão oculta. Esta prisão não é o destino, não é o nosso Kamma, não é parte de um plano divino. Tudo o que é necessário para encontrar a liberdade é colocar o mapa do Buddha à prova da experiência.

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