Cautela razoável e bom senso – 26/12/2020

Quando eu era mais jovem, às vezes dava longas caminhadas pelo interior da Tailândia. Eu gostava de caminhar à noite, quando o sol não estava tão forte. A única desvantagem que eu via de andar depois de escurecer eram os cães bravos nas fazendas e aldeias ao longo do caminho. Duas coisas me ajudavam a me manter seguro: bem-querer e uma grande vara para acenar com firmeza. Recentemente, uma grande víbora da Malásia veio morar sob a árvore na frente da minha cabana. Cada um fica na sua e vivemos em harmonia, juntos. No entanto, à noite, mantenho-me seguro com bem-querer e uma lanterna brilhante. 

Tenho uma forte fé no poder protetivo do bem-querer, mas isso não significa que necessariamente me oponha a varas e lanternas. A cautela razoável e o bom senso também têm seu lugar no Dhamma.

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