Compromisso com a vigilância – 23/12/2020
A meditação é o cultivo da vigilância. Ela começa com o aprendizado de como estar desperto para o nosso objeto de meditação, momento a momento. À medida que avança, aprendemos a estar despertos para todo o nosso corpo e mente. Observamos, por exemplo, como a postura do corpo e suas dores afetam a mente. Observamos as várias maneiras pelas quais a agitação mental ou sua ausência afetam o corpo. Observamos como um som pode desencadear uma memória, uma memória pode desencadear uma emoção e como uma emoção pode nos mergulhar em todo um mundo interior que, enquanto perdura, parece muito real. Observamos o anseio por distração e, se perseverarmos, a simples alegria da não distração. Começamos a sentir o caminho para a liberdade interior. À medida que assimilamos gradualmente todos esses dados brutos sobre a natureza de nosso corpo e mente, descobrimos mudanças ocorrendo naturalmente em nossos valores e comportamento. Certamente, há um papel para a fé e a teoria em nossas vidas como budistas. Mas o que é fundamental, creio eu, é essa intensa curiosidade sobre nossa vida, e esse comprometimento, a cada momento do dia, com estarmos despertos.
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