Sati – 01/12/2020

Ao falar sobre presença mental (sati, mindfulness), Ajahn Chah costumava fazer uso de símiles. Um de seus favoritos comparava a mente a uma sala e as faculdades dos sentidos a seis portas que conduzem a ela. Ele dizia que no centro da sala há uma cadeira. Todos os dias, muitas pessoas entram e saem por essas portas. Se a cadeira estiver vazia, qualquer uma delas pode sentar-se nela e tornar-se um incômodo. Mas enquanto você permanecer sentado naquela cadeira, nenhum dos convidados ficará muito tempo, pois não haverá lugar para eles descansarem. Em outras palavras, devemos estabelecer firmemente a presença mental para evitar que pensamentos, memórias e emoções passageiras tomem o controle de nossa casa. 

Em situações mais ativas, podemos estender o símile ao de um veículo. Neste caso, temos um destino para o qual nos encaminhamos e devemos manter os olhos sempre na estrada, não permitindo que nenhum dos nossos passageiros se agarre ao volante. 

Em ambos os casos, a ideia central é que a presença mental é que nos dá autonomia e nos permite viver nossas vidas em harmonia com nossos ideais. Sem ela, nossa casa sempre pode ser tomada por intrusos e nosso veículo, sequestrado.

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