Palavras gentis – 13/02/2021


A Disciplina Monástica afirma que um monge que fala palavras abusivas comete uma ofensa que implica confissão. Ao anunciar a regra, o Buddha contou uma história encantadora: 

Há muito tempo atrás, um pobre brâmane possuía um maravilhoso boi falante chamado Nandavisāla. Um dia, o boi sugeriu ao brâmane que apostasse mil moedas com um comerciante local que ele poderia puxar cem carroças amarradas juntas. O brâmane aceitou o conselho e o grande teste de força aconteceu diante de uma grande multidão. O brâmane ficou muito animado. Ele gritou: “Vá, seu abusado! Puxe, seu abusado!” Para seu horror, Nandavisāla ficou completamente imóvel. Todos riram do brâmane. Depois, o boi perguntou ao brâmane por que ele parecia tão triste. O brâmane respondeu: “O que você acha? Agora devo ao comerciante mil moedas. Por que você fez aquilo comigo?” Nandavisāla disse: “Bem, por que você me chamou de abusado se não é verdade? Enfim, não importa. Volte para o comerciante e aposte duas mil moedas que eu posso puxar os cem carros. Mas, por favor, não me chame de mais nomes”. O comerciante aceitou a aposta e a multidão voltou. Depois de amarrar todas as carroças e pôr o arreio em Nandavisāla, o brâmane gritou: “Vá, bom boi! Puxe, bom boi!” Então, sob os aplausos da multidão, Nandavisāla puxou as carroças. 

Até os bois respondem bem a palavras educadas e gentis, era a lição. Quanto mais, nós, seres humanos.

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