Os monges e a jovem na margem do rio – 15/05/2021
Dois monges chegando à vau de um rio notaram uma bela jovem sentada sob uma árvore, chorando. Ela lhes disse que estava assustada e perdida e não tinha coragem de atravessar sozinha o rio que corria veloz. O mais jovem dos monges sentiu pena da mulher. Ele decidiu que, embora fosse uma ofensa à disciplina monástica, a compaixão deveria vir primeiro e ele carregaria a mulher através do rio. Mas o outro monge, mais antigo, o proibiu de fazê-lo. Ele insistiu que levassem a mulher até uma ponte muitos quilômetros rio abaixo, onde a deixaram com um guia de confiança. Os monges retomaram sua jornada em silêncio, até que algumas horas depois o monge mais jovem falou: “Acabamos de adicionar, desnecessariamente, vinte quilômetros à nossa jornada. Se eu tivesse carregado a mulher pelo rio de volta à vau, já teríamos chegado ao mosteiro e estaríamos desfrutando de uma refrescante xícara de chá”. Seu companheiro respondeu: “Você está cansado e frustrado porque tem sonhado acordado com aquela mulher desde que a encontramos. Você pode achar que perdeu seu tempo por causa desse desvio, mas sinto que gastei meu tempo muito bem. Mantive minha mente no meu objeto de meditação em cada etapa da jornada. Também sinto alegria por poder ter ajudado aquela jovem de uma maneira apropriada para um monge. Além disso, entenda que nossas regras não limitam nossa compaixão, apenas as maneiras como a expressamos”.
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