Pequenos (grandes) atos de bondade – 04/05/2021

Era fevereiro de 1976. Eu era um adolescente viajando sozinho pelo sul da Índia. Lembro-me de descer de um ônibus lotado depois de uma viagem longa e empoeirada às margens de uma grande cidade. Já estava escuro e eu caminhava pela cidade procurando um lugar barato para passar a noite. Ao dobrar uma esquina, ouvi uma voz gritando para mim. Eu olhei e vi uma mulher sentada na beira da estrada ao lado de uma panela velha, servindo sopa de lentilhas para seus muitos filhos. Ela insistiu que eu me sentasse com eles e pegasse um prato de sopa e um pouco de pão. Eu estava com muita fome e a comida simples estava com um sabor delicioso. Quando olhei para cima, vi que a mulher observava minha satisfação com um olhar de genuíno afeto e satisfação no rosto. Era como se ela tivesse acabado de alimentar seu próprio filho crescido, em vez de um estranho. 

Mais de quarenta anos se passaram. Deve ter havido ocasiões em minhas viagens em que fui tratado rudemente, mas não consigo me lembrar delas agora. A gentileza de pessoas como esta pobre mulher, porém, vivendo em trapos na rua com seus filhos, nunca me deixou. Por favor, não subestime os pequenos atos de bondade. Eles têm um poder, um impacto e uma beleza que perduram por muito tempo.

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