Nós e “eles” – 20/07/2021
Os torcedores de futebol são famosos pela intensidade de sua aversão aos torcedores rivais. Há alguns anos, um grupo de cientistas que investigava a empatia decidiu que eles seriam bons indivíduos para um experimento. Vários fãs do Manchester United foram convidados a escrever sobre seu amor pelo clube. Depois, alguns deles passaram por um ator se contorcendo de dor vestido como um torcedor do Manchester United, outros passaram por um “torcedor do Liverpool” (seus piores inimigos) com problemas semelhantes. Nove em cada dez pessoas pararam para ajudar o falso torcedor do Manchester United, apenas três em dez para o torcedor do Liverpool. Até aqui, tudo tão tristemente previsível. No entanto, depois disso, quando os torcedores foram convidados a escrever sobre seu amor pelo futebol em vez do amor pelo clube, a diferença quase desapareceu.
Pode ser verdade que dividir o mundo entre “nós” e “eles” esteja embutido em nossos genes. Mas o que não é tão determinado, algo pelo qual cada um de nós pode assumir a responsabilidade, é como definimos os termos “nós” e “eles”. Nos ensinamentos budistas, somos encorajados a nos lembrar constantemente de que todos os seres vivos são companheiros de nascimento, velhice, doença e morte. Somos ensinados a expandir os sentimentos de bem-querer, compaixão, alegria altruísta e equanimidade até que se tornem ilimitados e incomensuráveis. E quando fazemos isso, como poderia haver um “eles”?
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