Os Khandas e o rio —17/08/2021

Se não há eu, como pode haver lembrança de vidas passadas? O Buddha respondeu a essa pergunta referindo-se aos cinco khandas. Ele disse que quando alguém se lembra de vidas passadas, está simplesmente lembrando de formas, sensações, percepções, formações volitivas e consciências sensoriais passadas. 

Este ponto pode ser mais fácil de entender comparando a vida a um rio. Podemos, por exemplo, falar sobre o Rio Amarelo em termos das províncias por onde ele flui. Podemos nos referir legitimamente ao Rio Amarelo em Qinghai, ao Rio Amarelo em Shaanxi e ao Rio Amarelo em Shangdong. Mas, na verdade, não existe uma entidade discernível, o “Rio Amarelo”, que flui das montanhas Bayan Har para o mar (e, na verdade, nenhuma entidade real “província”). O Rio Amarelo que pode ser conhecido diretamente é água, lodo, seixos, areia etc. Podemos falar em um nível convencional sobre um ser passando pelos vários reinos do samsāra, mas, na verdade, estamos falando sobre o surgimento e o desaparecimento dos cinco khandas.

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