Presença mental sobre a morte – 06/11/2021

O Buddha costumava elogiar a prática da recordação da morte. Ele declarou que, se bem cultivada, ela leva ao imortal. Quando uma vez perguntou a um grupo de monges como eles desenvolviam esta prática, um respondeu que pensava: “Que eu viva apenas um dia e uma noite para que eu possa observar os ensinamentos do Buddha. Eu poderia então realizar muito!” 

O Buddha não ficou satisfeito. Ele considerou tal atitude preguiçosa e descuidada. O Buddha ficou mais satisfeito com as respostas de dois outros monges. Um disse que pensava: “Que eu viva apenas o tempo que leva para mastigar e engolir um único bocado de comida para que eu possa observar os ensinamentos do Buddha. Eu poderia então realizar muito!” O outro foi ainda mais longe: “Que eu viva apenas o tempo que leva para expirar após inspirar, ou inspirar após expirar”. 

Mesmo que reconheçamos quão preciosa é a oportunidade que esta vida humana nos concede para praticar os ensinamentos do Buddha para a liberação, é difícil sustentar a motivação. Lembrar da fragilidade e imprevisibilidade da vida é um excelente meio de criar o senso de urgência necessário para progredir no caminho. 

O Buddha concluiu sua instrução com uma exortação: “Vocês devem treinar assim: ‘Iremos permanecer atentos. Iremos desenvolver intensamente a presença mental sobre a morte para o fim das impurezas’. Assim, vocês devem treinar-se.”

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