Expondo a mente à verdade da impermanência – 11/12/2021
Quando o filho de Kisa Gotami morreu, ela enlouqueceu de tristeza. Segurando o corpo da criança firmemente contra o peito, ela recusou-se a acreditar na verdade. Kisa Gotami buscava incessantemente alguém para curar seu filho de sua doença. Nenhum conselho — gentil ou firme — pôde persuadi-la de que a criança estava além de qualquer ajuda. Finalmente, ela se aproximou do Buddha para obter auxílio. Notando seu estado mental, ele não ofereceu a ela ensinamentos ou conforto. Ele disse: “Se você puder me trazer um grão de gergelim de uma casa em que ninguém tenha morrido, eu a ajudarei”. De repente, cheia de esperança — talvez fosse algum tipo de mágica! — ela saiu correndo, batendo nas portas. Mas de todos com quem falava, ela recebia a mesma resposta: “Sim, temos sementes de gergelim, mas também houve mortes na casa”. Lentamente, decepção por decepção, a inevitabilidade da morte penetrou na sua mente. No momento em que retornou para o Buddha, Kisa Gotami estava pronta para ouvir o Dhamma. Em pouco tempo, ela tornou-se uma arahant.
A meditação é para nós como Kisa Gotami batendo nas portas. Ela permite que a verdade penetre em nossas mentes, pouco a pouco. Nada no mundo condicionado é realmente nosso. Tudo é impermanente e logo desaparecerá. Isso é demais para a mente destreinada aceitar. Somente nos expondo à verdade repetidas vezes, somos gradualmente convencidos e tornamo-nos capazes de abandonar nossas ilusões.
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