Os perfeccionistas e a perfeição – 08/02/2022
Os perfeccionistas ficam obcecados com a menor falha e se irritam porque ninguém mais vê a importância disso como eles. Costumam sofrer estresse e ansiedade com seu trabalho, que desabafam com aqueles que os cercam, principalmente os companheiros de equipe.
Os perfeccionistas podem parecer estar vivendo em um plano superior para o resto de nós, a poucos passos de uma conquista importante. Mas, na verdade, os perfeccionistas não são batalhadores heroicos na estrada rumo ao sucesso; eles estão atolados em uma vala dela.
O perfeccionismo não é, eu acho, de todo ruim. O problema é que ele é definido de forma muito restrita. Eu sugeriria expandi-lo para incluir a impecabilidade de ações e de estados mentais nos próprios perfeccionistas. Em outras palavras, se um resultado quase impecável é obtido por meio de desonestidade, tomando atalhos ou maltratando os que estão ao redor, então, por esses motivos, não seria um resultado perfeito. Se o resultado é excelente, mas aquele que o produz está cheio de frustração, depressão ou desespero, então a principal imperfeição não se encontra nas pequenas falhas do produto. Ela é encontrada nas reações imaturas do produtor em relação a elas.
Um modelo saudável de perfeição não se concentra apenas em resultados de curto prazo. Ele dá importância central aos processos e relacionamentos de longo prazo. Em qualquer momento que seja, a perfeição não é um branco puro eterno. Ela é – dadas as condições presentes neste mundo inerentemente imperfeito e em mudança – a mais harmoniosa mistura de cores possível, exatamente agora.
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