Se os seres soubessem como eu sei ... – 01/03/2022
Alguns dos ensinamentos do Buddha, nós podemos verificar sem muita dificuldade. Podemos aplicar sua análise das causas da felicidade e da dor humana às nossas próprias vidas e ver se ela resiste ao escrutínio. Por exemplo, o Buddha diz que atos altruístas de bondade e generosidade trazem alegria à mente. Quando descobrimos que tais observações são verdadeiras, nossa fé em sua sabedoria cresce continuamente.
Há também muitos dos ensinamentos do Buddha que só podem ser verificados por uma mente bem treinada. De fato, alguns só podem ser verificados pela mente de um arahant. Em tais casos, não adotamos esses ensinamentos por fé cega. Fazemos isso com a confiança de que, repetidamente, o Buddha provou ser digno de nossa confiança. Naquelas áreas em que pudemos colocar seus ensinamentos à prova, eles nunca nos decepcionaram.
Essa disposição de confiar no Buddha vem à tona nos ensinamentos sobre kamma e renascimento. Sem ela, nossa incapacidade de criar imagens mentais de assuntos tão profundos pode afigurar-se como um importante obstáculo à aceitação de sua verdade.
Em uma ocasião, o Buddha revelou por que aceitar seus ensinamentos com base na confiança pode ter grandes implicações em como vivemos nossas vidas:
"Bhikkhus, se os seres soubessem como eu sei, o resultado de dar e compartilhar, eles não comeriam sem antes ter dado, nem permitiriam que a mancha da mesquinharia os obcecasse e criasse raízes em suas mentes. Mesmo que fosse seu último pedaço, seu último bocado, eles não comeriam sem antes ter compartilhado, se houvesse alguém com quem compartilhar. Mas, bhikkhus, como os seres não sabem, como eu sei, o resultado de dar e compartilhar, eles comem sem antes ter dado, e a mancha da mesquinhez os obceca e cria raízes em suas mentes.”
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