Presença mental na nossa própria fala e na dos outros – Ajahn Jayasāro 10/09/2022


Cinco áreas para praticar a presença mental na nossa própria fala e na dos outros:
a adequação de tempo e lugar para a conversa,
a veracidade das palavras ditas,
o valor/benefício da conversa,
as motivações dos envolvidos,
a qualidade/estilo de fala.

De nossa parte, praticando a fala correta à luz dessas considerações, tentamos falar apenas palavras verdadeiras e úteis em momentos e lugares apropriados. Falamos educadamente, nossos corações estabelecidos em bem-querer.

Algumas observações sobre a presença mental na fala dos outros:
A pessoa à nossa frente geralmente está dizendo a verdade, deliberadamente dizendo uma mentira, ou dizendo uma mentira acreditando que é verdade. Como esta última é sempre uma possibilidade, não devemos tirar conclusões precipitadas se detectarmos uma inverdade.

O valor ou benefício aqui mencionado não se restringe ao conteúdo. Alguém pode, por exemplo, estar falando conosco sobre um assunto relativamente trivial, mas aquilo a está acalmando, permitindo-lhe chegar a um acordo sobre alguma dor. Nesse caso, podemos considerar isso como um discurso benéfico. O benefício pode ser intelectual, emocional ou espiritual.

As motivações das pessoas são muitas vezes mistas. Devemos nos lembrar de que não podemos ler mentes. Tudo o que podemos saber são nossas próprias avaliações falíveis dos estados mentais delas.

O discurso grosseiro tende a perturbar e alienar. O discurso educado não. Ao ouvir opiniões expressas polidamente, ficamos mais inclinados a ouvir. A polidez é inteligente.

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