E se sua vida mudar para pior? – Ajahn Jayasaro – 08/10/2022


Os monges da floresta são encorajados por seus professores a se lembrarem todos os dias sobre todas as maneiras pelas quais suas vidas podem mudar repentinamente para pior. Eles podem ser picados por uma cobra venenosa, um escorpião ou uma centopeia. Eles podem cair e quebrar um membro. Se eles vivem sozinhos, pode levar horas ou até dias até que alguém venha procurá-los. A morte poderia vir a qualquer momento e de várias maneiras diferentes. O propósito desta reflexão não é deixar os monges ansiosos ou com medo, mas encorajá-los em sua prática do Dhamma. O ponto chave é que os monges se perguntem o quanto estão prontos para o que a vida possa vir a lançar sobre eles a qualquer momento. Quão bem eles estão gastando seu precioso tempo? Que dhammas prejudiciais ainda permanecem em seus corações, que dhammas saudáveis permanecem não desenvolvidos? Eles já ganharam um verdadeiro refúgio, um que os sustentará aconteça o que acontecer?

Podemos usar nossa inteligência para criar meios de maximizar nossa segurança e proteção. Mas a vida sempre será, até certo ponto, incerta e insegura. As cidades têm tantos perigos, se não mais, do que as florestas. Desejar que as coisas fossem de outra forma e ficar com raiva por não serem, é uma indulgência autodestrutiva. O que podemos fazer é aprender a fazer o melhor uso possível do tempo incerto que temos neste mundo. Usando os ensinamentos do Buddha, podemos criar um refúgio interior, uma ilha que nenhuma enchente pode submergir.

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