O esforço para manipular como somos percebidos pelos outros é tão antigo quanto a própria humanidade. A primeira e mais poderosa ferramenta de escolha sempre foi mentir. É por isso que guardar o quarto preceito tem um efeito tão transformador na mente humana. Para começar, esse preceito pode ser simplesmente uma questão de não dizer que algo é o que não é, ou não é o que é. Mas, à medida que praticamos o preceito, nos tornamos cada vez mais sensíveis às impurezas que estão por trás de nossa tendência de ocultar, distorcer e dramatizar, minimizar e exagerar. Observamos o hábito de buscar razões plausivelmente boas para justificar ou desculpar nossas ações imprudentes, e nos pegamos experimentando-as em conversas imaginárias. Vemos como a mentira é fundamental para manter o falso senso de identidade que está na raiz do nosso sofrimento.Com o passar do tempo, começamos a amar e valorizar a verdade por si mesma. Deixamos de lado o objetivo desgastante de curto prazo de manter a melhor imagem possível de nós mesmos aos olhos das outras pessoas. Em vez disso, descobrimos que cuidar da verdade – não dando espaço para o falso – pode fornecer uma base de longo prazo profundamente gratificante para nossa vida com os outros.
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