A lei do kamma e o senso de justiça - 27/06/2023
Boas ações, bons resultados; más ações, maus resultados. Isso, em suma, é a lei do kamma. Parece simples. Mas, sem investigação (por exemplo: o que é uma boa ação? O que é uma má ação? O que é um bom ou mau resultado? Qual é o prazo para um resultado ocorrer?), isso pode ser enganador. Nós sofreremos se assumirmos que, quando agimos bem e com intenção pura, apenas coisas boas devem resultar. A bondade sempre ameaçará e irritará algumas pessoas, e fará com que outras sintam inveja. Nós nos esquecemos disso quando, ao sermos falsamente acusados de termos motivações impuras e egoístas, nos rebelamos: “Não é justo.” “Não é certo.” Não é, na verdade, nada além do jeito que o mundo é.
Em uma ocasião, uma mulher chamada Ciñca fingiu gravidez e alegou que o Buddha era o pai. Uma certa bhikkhunī acusou o Venerável Dabba Mallaputta - um arahant desde os sete anos de idade - de estupro. Um monge colega do Venerável Sāriputta acusou-o de conduta violenta.
Até os melhores seres humanos, impecáveis em sua conduta, passaram por situações difíceis por conta dos seres não iluminados ao seu redor. Por que nós deveríamos ter mais direito a um tratamento justo do que eles?
Boas ações levam a um aumento de bondade em nossos corações e no mundo. Esse aumento é o bom resultado que nunca falha. E ele ocorre no momento em que o ato é realizado.
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