A visão de um monge experiente sobre o código monástico – 06/06/2023
Outro dia me
perguntaram sobre o Vinaya, a coleção de regras e convenções de treinamento que
constituem o Código Monástico Budista. Meu questionador achava que ele parecia
muito complicado e restritivo. Na minha resposta, comparei o cumprimento das
regras monásticas a dirigir um carro. Os motoristas cumprem um grande número de
regras toda vez que dirigem, mas não se sentem oprimidos por elas. Algumas
regras, como manter-se do lado direito (ou esquerdo) da estrada, são tão
fundamentais que nem parecem regras. Outras, como sinalizar ao fazer uma curva,
têm um óbvio valor de segurança. Muitas regras, ainda, são simplesmente questões de etiqueta e
polidez.
Para monges experientes, muitas regras são partes tão integrais de nossa cultura monástica e modo de vida que nem parecem regras. Outras melhoram nosso bem-estar ou afiam nossa presença mental (sati, mindfulness). Muitas referem-se à etiqueta e visam manter a harmonia dentro da Sangha. Não nos sentimos mais restringidos pelo Vinaya do que um motorista pelo Código de Trânsito.
Adotar voluntariamente limites inteligentes para as próprias ações e palavras e aprender a viver dentro disso cria autorrespeito. É conducente a uma mente organizada, fundamentada no momento presente. Contribui para uma atmosfera – seja em um mosteiro, em casa ou no local de trabalho – de segurança, confiança, integridade e bondade.
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