Analisando o desejo sensorial - 26/08/2023

Quando nossas mentes estão obcecadas por um objeto de desejo, nós tendemos a criar todo tipo de ideias irrealistas sobre ele. Nós nos atemos aos pontos altos do passado. Ou ao melhor que ele já foi. Nossas esperanças são grandes. “Agora sim!” Esquecemos todas as ocasiões em que fomos desapontados por ele no passado. Não pensamos sobre como iremos nos sentir depois que o nosso desfrute acabar. Pensamentos sábios são excluídos. Eles parecem velhacos ranzinzas numa festa. Tomados pelo anseio, perdemos nossa noção de contexto e propósito.

Para navegar pelo mundo dos desejos sensoriais, uma mente inquisitiva é vital. Neste momento, como eles o fazem sentir? Como eles realmente o fazem sentir? Como é a sensação de estar completamente contente? O quão importante é essa sensação para nós? Quanto tempo deveríamos gastar perseguindo prazeres frágeis no mundo? E quanto tempo aprendendo a abandonar tudo aquilo que obscurece uma paz interior estável? Como é a sensação de ansiar por algo? Fisicamente? Mentalmente? É prazerosa? Como é a sensação de conseguir o que você quer? Observe de perto. É um prazer sem nódoas? Há momentos de indiferença ou até mesmo de aversão neste prazer? Como é a sensação do medo da separação? Como é a sensação de perda?

Se nossas mentes estiverem presas no mundo dos prazeres sensoriais, isso não significa que somos maus. Significa que não cultivamos poder de observação suficiente.

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