Apreciando o sabor do Dhamma - 26/09/2023
Meu primeiro dia em Wat Pah Pong, em dezembro de 1978, foi memorável. Ele me preencheu com uma forte fé no Buddha, no Dhamma e na Ariya Sangha que nunca me deixou. Ainda assim, depois de já estar vivendo lá por um tempo, certas dúvidas surgiram em minha mente. Comecei a perceber que alguns monges e noviços agiam de maneiras que eu sabia que estava em conflito com os seus preceitos ou que desrespeitavam os regulamentos monásticos. Eu pensei: "Como é possível para eles viver sob a orientação de um arahant e se comportar dessa maneira? Como esses monges e noviços podem ser tão negligentes? Como eles podem ser tão desavergonhados?"
Mais tarde, relendo o Dhammapāda, eu me deparei com o verso: "Mesmo se um tolo passar a vida toda na presença de um sábio, ele não entende o Dhamma, assim como uma concha não sabe o sabor da sopa." (v. 64)
Estava claro que simplesmente estar perto de um professor sábio e compassivo não é suficiente. O Dhamma não se manifesta como um tipo de energia liberadora emanando de seres puros, na qual você pode se banhar. Você ainda precisa fazer o trabalho.
O sabor do Dhamma é inigualável. A pergunta é como nos relacionamos com ele. Nossa mente é como uma língua sensível ou como uma concha de sopa insensível?
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