Opondo-se a comportamentos repugnantes - 16/09/2023
Como lidamos com crenças, ideias e comportamentos que achamos repugnantes? Ou com aqueles que consideramos prejudiciais a indivíduos, à sociedade e ao mundo em que vivemos? Que emoções são estimuladas por eles? As reações mais comuns são provavelmente raiva e tristeza. Muitas pessoas se tornam fatalistas ou apenas tentam não pensar sobre as coisas que lhes incomodam.
No Sallekha Sutta (MN 8), o Buddha dá conselhos muito simples, porém poderosos. Ele diz para usarmos o insensato e o prejudicial como instigadores para a nossa prática. Em todos os casos, nossa atitude deve ser conforme o padrão: “Os outros podem … eu não”.
Dos 44 termos enumerados pelo Buddha, seguem alguns exemplos abaixo:
“Os outros podem agir ou falar cruelmente. Eu não agirei ou falarei cruelmente.”
“Os outros podem roubar e trapacear, podem mentir, falar de forma divisiva, falar grosseiramente, falar coisas sem sentido. Eu não roubarei ou trapacearei. Eu não mentirei, não falarei de forma divisiva, não falarei grosseiramente, não falarei coisas sem sentido.”
“Os outros podem ser cobiçosos ou permanecer com má vontade. Eu não serei cobiçoso ou permanecerei com má vontade.”
“Os outros podem ser invejosos. Eu não serei invejoso.”
“Os outros podem ser enganosos. Eu não serei enganoso.”
“Os outros podem ser arrogantes. Eu não serei arrogante.”
“Os outros podem ser preguiçosos. Eu não serei preguiçoso.”
“Os outros podem se apegar de forma tenaz aos seus pontos de vista. Eu abandonarei facilmente meu apego aos pontos de vista.”
Mantendo tais determinações em mente, não permitindo que elas deslizem, obtemos uma bússola para navegar por esse mundo confuso.
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