Cultivando uma mente livre da raiva – 11/11/2023
A raiva surge quando pensamos repetidamente nas pessoas, nas circunstâncias ou nas estruturas sociais que nos impedem de conseguir o que queremos. Ou que o fizeram no passado. Ou provavelmente o farão no futuro. A raiva surge quando pensamos que temos direito a algo e não conseguimos aquilo. Isto pode envolver alguma necessidade genuína, como de segurança, por exemplo, ou pode ser apenas o desejo de ser visto de uma determinada maneira. A raiva surge quando pensamos repetidamente naqueles que nos causaram dor. Ou que causaram dor a quem amamos. Ou naqueles que intencionalmente causam dor a outros seres.
A raiva surge quando estamos separados das pessoas ou coisas às quais estamos apegados, ou somos ameaçados disso. Ela surge quando pensamos repetidamente em quando isso aconteceu no passado.
A raiva surge em muitas situações. Mas não é necessário que seja assim. É compreensível, mas não inevitável. Quanto mais clara a mente se torna, menos raiva surge, até que ela desaparece completamente. A mente bem treinada ganha acesso a alternativas à raiva mais sábias e livres de raiva. A crença de que o único outro caminho a seguir é o da depressão, da apatia ou do desespero é equivocada. Mas primeiro devemos aceitar a afirmação radical do Buddha de que a raiva é sempre, sem exceção, um veneno mortal. Disto surge a aspiração de perseverar no árduo trabalho de cultivar uma mente livre de raiva. Não indiferente, mas sábia e compassiva, equilibrada e gentil.
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