Uma forma hábil de pensar nas próprias faltas – 14/11/2023
Uma das ideias mais destrutivas a que os seres humanos se apegam é aquela de que eles não deveriam ser quem são, de que eles deveriam ser alguém diferente. Pessoas dizem pra si mesmas: “Eu deveria ser mais…”, “Eu deveria ser menos…”, “Eu deveria ser capaz de …”, “Eu não deveria ser assim…”.
A pergunta óbvia a se fazer aqui é “por quê?” “Por que você deveria? Por que você não deveria?”
É mais sábio reconhecer as faltas como fenômenos condicionados do que como traços fixos de caráter. Não precisamos ficar irritados com a gente mesmo: “Eu não seria ser tão impaciente”, “Eu deveria ser mais gentil”, “Eu deveria ser capaz de lidar com isso agora”. Tudo que vem de pensar dessa forma é a convicção deprimente de que “eu não sou uma boa pessoa”.
É mais útil lembrar dos problemas e conflitos passados assim: “Eu realmente perdi a paciência”, “Não tenho cultivado bem-querer o suficiente”, “minha presença mental (sati) ainda está muito fraca para ser um verdadeiro refúgio pra mim”. O que vem de pensar dessa forma é a determinação de colocar mais esforço na prática do Dhamma.
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