A sabedoria dos limites - 05/12/2023

Imagine uma orquestra sinfônica tocando as grandes obras de Mozart ou Beethoven. Imagine os solistas, o maestro. Então considere: cada momento de habilidade e criatividade que esses músicos produzem dependem do seu domínio de manuscritos escritos pelo compositor há centenas de anos. Os músicos não acrescentam notas novas por vontade própria nem omitem nenhuma das originais.

Pense num grande ator representando um dos grandes solilóquios de Shakespeare. A habilidade e a criatividade do ator não são constringidas pelo texto. Pelo contrário, as palavras de Shakespeare permitem a sua expressão plena. Pense em grandes atletas no auge de suas capacidades. Sua excelência não é prejudicada pelas regras de seu esporte, mas imprimem nela seu caráter específico.

Em todas as esferas da vida, limites sábios nos previnem de cair no buraco do hábito e da autocomplacência. Eles nos permitem realizar nosso potencial. Como praticantes budistas, podemos criar beleza e significado adotando o conselho do Buddha sobre o que deve ser feito e dito e o que não deve.
 

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