A maior das maravilhas – 30/03/2024
O Buddha definiu três tipos de maravilhas (pātihāriya): (i) a maravilha dos poderes psíquicos como caminhar sobre a água ou voar pelos ares; (ii) a maravilha de ler mentes; (iii) a maravilha da instrução. Ele declarou que um grande número dos seus discípulos era dotado com todas as três. Ele disse que de todas essas três maravilhas, ele considerava a maravilha da instrução como a maior delas. Os comentários explicam o raciocínio do Buddha: enquanto as duas primeiras maravilhas podem ou não levar a um aumento do bem-estar e felicidade dos seres sencientes, a terceira, por sua própria natureza, pode.
A instrução que leva a uma transformação interior do estudante é uma verdadeira maravilha porque ela é muito difícil de alcançar. Como o Buddha observou, as pessoas estão encantadas com o apego, presunção, excitação e ignorância; elas se alegram com isso. Mesmo assim, quando um Tathāgata ou um dos seus discípulos ensinam o Dhamma para o abandono do apego, a remoção da presunção, a realização da paz e a eliminação da ignorância, há pessoas que desejam ouvir, que prestam atenção e estabelecem sua mente nesse entendimento.
Nesses dias, somente muito poucos praticantes desenvolvem poderes psíquicos, ou são hábeis para ler mentes. No entanto, a terceira e maior das maravilhas é mais atingível. Seja pelo exemplo da nossa conduta, ou pelo humilde compartilhar do nosso conhecimento do Dhamma quando apropriado, podemos ser capazes de contribuir para algo verdadeiramente maravilhoso. Nada no mundo é tão mágico de se observar como uma mente se abrindo para "o jeito que as coisas são".
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