Colocando falas ofensivas em perspectiva - 25/05/2024
No Kakacūpama Sutta (MN 21), o Buddha dá conselhos aos monges sobre como lidar com críticas ofensivas. Primeiramente, ele categorizou tais palavras como sendo oportunas ou inoportunas, verdadeiras ou falsas, gentis ou rudes, benéficas ou nocivas, ditas com bem-querer ou má vontade. Em qualquer caso, ele disse: "vocês devem treinar assim: 'Nossas mentes permanecerão inalteradas e não proferiremos quaisquer palavras hostis; permaneceremos compassivos pelo seu bem-estar, com uma mente de bem-querer, sem ódio interno. Permaneceremos permeando essa pessoa com uma mente imbuída de bem-querer e, começando por ela, permaneceremos permeando todo o mundo circundante com uma mente imbuída de bem-querer, abundante, exaltada, imensurável, sem hostilidade e sem má vontade'".
O Buddha disse que, ao manter esse estado mental universal e irrestrito, as pessoas tentando feri-los com suas palavras seriam como pessoas tentando usar tinturas coloridas para desenhar figuras no ar ou como alguém tentando incendiar o rio Ganges com uma tocha de grama acesa.
Como se o padrão que o Buddha estabeleceu já não fosse espantosamente alto o suficiente, ele prosseguiu: "Mesmo que bandidos os mutilassem membro a membro com uma serra de duas mãos, aquele que desse origem a uma mente de ódio em relação a eles não estaria cumprindo o meu ensinamento".
Foi um meio hábil de colocar a experiência dos monges em perspectiva. Ele disse: "Bhikkhus, se vocês mantiverem esse conselho do símile da serra em mente, vocês conseguem conceber qualquer fala ríspida, trivial ou grosseira que vocês não conseguiriam suportar?" E os monges responderam: "Não, venerável senhor".
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