Observando de perto nosso senso de identidade - 14/05/2024

 

Se algo realmente existe, quanto mais de perto você o examina, mais claro ele se torna. Se algo não existe verdadeiramente, quanto mais de perto o examinamos, mais insubstancial ele se torna. Então, se você quiser distinguir entre o verdadeiro e o falso, olhe de perto.

Mas como você faz isso? Olhar para qualquer coisa sem preconceito ou distorção é muito difícil. A mente – aquela que olha de perto – é inconstante e pouco confiável, inadequada para o propósito. Ela precisa primeiro ser fortalecida por sati (presença mental), pela compreensão clara e pelo esforço apropriado. Quando estas três qualidades estão suficientemente cultivadas, o resultado é samādhi, a estabilidade da mente vital para qualquer exame profundo da realidade.

Tendo desenvolvido samādhi, a atenção pode agora voltar-se para o senso de um eu, a suposição de um sujeito permanente e independente e dono da experiência. O ensinamento de anattā não é uma filosofia – é um desafio. Observe: à medida que você olha mais de perto para sua vida, esse eu em quem você sempre acreditou fica mais ou menos claro?


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