Os quatro tipos de cavalos e de praticantes - 14/09/2024
A correria embota nossas faculdades. Nós ficamos emocionalmente afetados por muitas coisas que não importam nem um pouco e permanecemos insensíveis a coisas que importam muito.
O Buddha comparou as faculdades dos seres humanos àquelas dos cavalos puro-sangue. Ele disse que os melhores cavalos correm ao avistarem a sombra do chicote; o segundo melhor tipo de cavalo corre assim que eles sentem o chicote tocar a sua pele; o nível seguinte de cavalo corre apenas quando eles sentem o estalo do chicote e os inferiores, apenas quando o chicote penetra até o osso.
Para os budistas, a realidade do sofrimento humano e da morte é o chicote que pode inspirá-los com um senso de urgência a praticar sinceramente para a libertação. Para muitos, a mudança vem apenas quando eles mesmos são afetados pelo sofrimento ou se deparam com a morte iminente. Outros são despertados de sua negligência pelo sofrimento ou pela morte de um ente querido. Outros, mais sensíveis, são despertados ao experienciar pessoalmente o sofrimento humano e a morte. Os mais maduros, como os cavalos que se movem apenas pela sombra do chicote, se despertam para a natureza frágil, insubstancial e superficial da existência não iluminada simplesmente ao ouvir sobre o sofrimento humano e a morte em termos gerais. Para eles, nada mais faz real sentido exceto a prática do Dhamma.
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