Um pouco mais de calma - 29/04/2025

 

Quando a vida fica difícil, nossa primeira reação é dizer que não gostamos dela. Mesmo em países quentes como a Tailândia, uma bola de neve de pensamentos como "Eu realmente não preciso disso agora", "Por que eu?", "Por que sempre eu?", "Não é justo", "Não aguento mais", "Só quero que isso vá embora e que as coisas voltem a ser como antes". E assim por diante. Se a bola de neve segue o caminho: "Sou um caso perdido, um inútil", ela logo se torna realmente tóxica. 

Vibhava tanhā, o desejo de não ser, de não ter, de não ter que sentir certas coisas, nunca nos ajuda a lidar com experiências desagradáveis. Muito pelo contrário: torna tudo mais doloroso, faz com que as coisas durem mais e deixa marcas mais profundas. Sob sua influência, podemos facilmente agir e falar de maneiras não sábias, que geram consequências duradouras. 

A paciência ajuda. Calmamente suportar as sensações desagradáveis do corpo e da mente, não reprimi-las, não lhes dar as costas, não se distrair delas, não se entregar a elas, coexistir pacificamente com elas. Lembrar-se, nas palavras de Ajahn Sumedho, de que "é assim que é". Mas muda.

Algumas situações são difíceis. Mas geralmente as tornamos mais difíceis do que o necessário. E não precisamos fazer isso.

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