Considerações sobre meditação andando - 03/04/2025

 

Quando Ajahn Chah praticava meditação andando como um jovem monge, ele gostava de caminhar rápido. Quando alguém lhe perguntava sobre isso, ele respondia: "Quando ando rápido, as impurezas não conseguem me acompanhar". Em muitas tradições de meditação, o caminhar lento é ensinado. Aqui, a mente afasta as impurezas prestando bastante atenção aos detalhes da postura do caminhar. Eu, pessoalmente, sempre preferi um ritmo semelhante ao ritmo normal de caminhada, pois descobri que isso facilita a integração da consciência da meditação andando na vida diária.

A decisão de caminhar rápido ou devagar pode depender do espaço disponível. Caminhar rápido requer um caminho longo, cerca de trinta passos; curvas muito frequentes distraem a mente. Para meditadores que caminham em uma sala ou pequeno jardim, caminhar devagar é mais prático. Quando os meditadores se sentem sonolentos, caminhar para trás é uma boa opção. Caminhar de lado raramente é uma boa ideia, mas pode ser aconselhável ao enfrentar um tigre, pois é perigoso virar as costas para um.

Se você encara a meditação caminhando apenas como uma forma de alongar as pernas entre sessões de meditação sentada, tente mudar essa percepção caminhando por longos períodos. Supondo que você tenha tempo, caminhadas de duas ou três horas podem abrir novas perspectivas para sua prática de meditação.

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