Sati aplicado às ausências - 19/08/2025

 

Sati (mindfulness) nos informa sobre o que está surgindo na mente. Ela o faz acompanhada por outros fatores mentais que consideram se o que apareceu é saudável ou prejudicial, se deve ser cultivado ou abandonado.

Mas sati também deve ser aplicada às ausências. Por exemplo, na seção Cittānupassanā do Satipatthāna Sutta (MN 10), o Buddha ensina:

"Ele conhece uma mente com luxúria como uma mente com luxúria.

Uma mente sem luxúria como uma mente sem luxúria.

Ele conhece uma mente com ódio como uma mente com ódio.

Uma mente sem ódio como uma mente sem ódio.

Ele conhece a mente com delusão como uma mente com delusão.

Uma mente sem delusão como uma mente sem delusão."

Na seção Dhammanupassana, o meditador deve estar ciente tanto da presença quanto da ausência de cada um dos cinco obstáculos e dos sete fatores de iluminação:

"Quando o desejo sensual está presente nele, ele sabe: 'há desejo sensual em mim'. Quando o desejo sensual está ausente, ele sabe: 'não há desejo sensual em mim'." ...

"Quando o fator da iluminação da tranquilidade está presente nele, ele sabe que está presente nele. Quando está ausente, ele sabe que não está presente nele."

Na prática de meditação, a consciência da completa ausência dos cinco obstáculos dá origem aos fatores de jhāna de pīti (êxtase, alegria) e sukha (felicidade, tranquilidade). Na prática de sīlanussati, a consciência da ausência de transgressões contra os próprios preceitos pode desempenhar a mesma função.

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