Educando nossa atenção com as ferramentas do Buddha - 04/11/2025

 

Há um velho ditado que diz que quando um batedor de carteiras vê um santo, tudo que ele vê são apenas bolsos. De todas as coisas às quais poderíamos prestar atenção, fazemos escolhas. Damos precedência a algumas coisas e ignoramos ou passamos por outras levianamente. Muitas vezes não parece ser assim, porque as coisas às quais prestamos atenção parecem se apresentar a nós naturalmente.

A maneira como prestamos atenção às coisas também é significativa. Constantemente adicionamos interpretações. Alguém sorri ou franze a testa, vira-se para nós ou nos vira as costas, e interpretamos isso e tiramos conclusões disso. Essas conclusões parecem fazer parte da própria observação.

Na prática do Dhamma, aprendemos a desconstruir nossas experiências. Reconhecemos a consciência sensorial como consciência sensorial; reações físicas como reações físicas; reações mentais agradáveis, desagradáveis e neutras como tons de sensações; pensamentos, conclusões, crenças, dúvidas como formações mentais. Isso parece muito trabalhoso, mas significa simplesmente usar as ferramentas conceituais do Buddha para ver o que realmente está acontecendo, momento a momento.

Quanto mais claramente enxergamos, mais a ideia de 'eu' e 'meu' enfraquece. Quanto mais fracas nossas suposições de 'eu' e 'meu', melhor para todos.

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