Paixão versus esforço e dedicação - 06/12/2025
Fico impressionado com a frequência com que os adolescentes apresentam dificuldades com a ideia de "seguir sua paixões". Em muitos casos, eles não têm uma, e temem que isso os faça deficientes de alguma forma. Eles acham que deveriam ter uma paixão. Ele podem ficar um pouco confusos quando lhes digo que, na minha opinião, seguir sua paixão é uma ideia de baixa qualidade.
Eu digo que as paixões mudam, que não são confiáveis. A ideia de que há a paixão, de que é a paixão que define quem você realmente é, que é algo que você precisa descobrir para florescer na vida, é uma ficção romântica, importada cegamente do Ocidente. Como critério para escolher uma carreira, essa ideia dá muita ênfase ao trabalho como fonte do significado da vida. E mesmo que você tenha paixão por algo, isso não garante que você seja bom naquilo, nem que isso possa proporcionar um sustento viável. É importante ressaltar que a insistência na paixão negligencia o papel do esforço e da satisfação que vêm com a maestria. Na verdade, a paixão mais madura geralmente não precede, mas sucede o trabalho árduo e a dedicação. Cultivar habilidades, tornar-se bom em algo de que você se orgulha, é uma fonte de alegria e energia sustentáveis na vida.
A ideia de seguir sua paixão é egocêntrica e negligencia todo tipo de questões importantes, como o que você oferece, e no que você contribui para sua sociedade e para o mundo. Ela impede a busca por um "meio de vida correto", em harmonia com seus valores e que, a longo prazo, possa contribuir para o bem-estar e a felicidade duradouros.



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