
O Buddha revelou muitas verdades atemporais (akālika) sobre a maneira como as coisas são. Ele também ensinou meios hábeis para realizar essas verdades que também eram em sua maior parte atemporais, mas que eram, ocasionalmente, específicas para o tempo e lugar em que ele vivia. Como distingui-las? Uma pista pode ser encontrada em suas referências ao futuro. O Buddha não fazia profecias. Mas ele falou sobre as causas e condições do florescimento e as causas e condições do declínio da Sangha. Claramente, há, por definição, fatores duradouros, não restritos à Índia do século V a.C. Por exemplo, o Buddha ensinou como fatores condicionantes do bem-estar a longo prazo das comunidades monásticas incluir reuniões frequentes e regulares nas quais os assuntos da Sangha são conduzidos em harmonia, mantendo as rotinas de treinamento (nem adicionando a elas nem subtraindo delas), respeitando os anciãos da Sangha e sendo acolhedor com convidados e recém-chegados com ideias semelhantes. Em um nível individual, o Buddha enfatizou que os monges deveriam se manter livres da influência do desejo e encontrar prazer em habitações nas florestas.
Hoje o mundo está em um período intenso de mudanças rápidas e imprevisíveis. Embora não possamos saber o futuro, podemos seguir os passos do Buddha. Se focarmos nos valores e princípios conducentes ao crescimento no Dhamma que precisam ser mantidos, teremos um mapa confiável através do caos.
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